Existe um aparente paradoxo entre o exercício e a dinâmica do osso para as mulheres atletas (também para você minha querida leitora desportista, que treina muito e ainda precisa trabalhar, estudar - algumas com as “obrigações” de esposa e mãe), particularmente para as mulheres jovens que não alçaram o máximo de sua massa óssea.
As mulheres que treinam intensamente e que enfatizam a perda de peso adotam com frequência comportamentos alimentares desordenados.
Isso reduz ainda mais a disponibilidade de energia, diminuindo a massa óssea e a gordura corporal até um ponto no qual o ciclo menstrual se torna irregular (oligomenorreia; 35 a 90 dias entre períodos), ou cessa totalmente, uma condição denominada amenorréia secundária, quando o ciclo menstrual cessa por pelo menos 3 meses consecutivos:
Em síntese uma alimentação desordenada, o desgaste resultante de energia, a osteoporose e a amenorréia causam a tríade da mulher atleta.
A amenorréia persistente reduz os benefícios sobre os exercícios sobre a massa ósseo e na massa muscular
O fator estressante dos treinos com dieta inadequada reflete na redução do estrogênio que é um fator protetor sobre o osso.
Papel do estrogênio na saúde óssea feminina
· Aumenta a absorção intestinal do cálcio
· Reduz a excreção urinária do cálcio
· Facilita a retenção de cálcio pelo osso
A recomendação logo após percepção de amenorreia dentro de 3 meses é:
Abordagem comportamental ao tratamento da amenorréia atlética
· Reduzir em 10% a 20% a intensidade dos treinos
· Aumentar GRADUALMENTE a ingestão energética total
· Aumentar o peso corporal em 2 a 3%
· Manter a ingestão de cálcio em 1500mg/dia
Evite os suplementos de ferro ao menos que exista uma deficiência
Agende a sua consulta com um nutricionista, assim alinhe sua dieta com seus treinos intensos.
Fonte: MCARDLE, William; KATCH, Frank; KATCH, Victor. Nutrição: Para o desporto e o exercício. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2001 pag 54.
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