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Nutricionista Fernando Rocker

Orientações nutricionais para redução de ácido úrico e controle da gota

Atualizado: 13 de jan. de 2023


gota acido urico

​​A gota é uma forma de artrite que causa episódios súbitos e graves de dor,sensibilidade,rubor, calor e edemas das articulações.

Afeta em geral uma articulação em cada vez, com frequência a articulação maior do dedo grande do pé, quando então se chama podagra. Pode afetar também outras articulações, como as do joelho, tornozelo, pé, mão, punho e cotovelo.

A dor e a tumefação (inchaço) da gota são causadas por cristais de ácido úrico depositados na articulação.

O ácido úrico é uma substância que se forma normalmente quando o organismo decompõe produtos de excreção do metabolismo, são denominados purinas.

O ácido úrico em geral dissolve-se no sangue e passa para a urina através dos rins e em condições normais excretados.

Na pessoa com gota, os níveis de ácido úrico no sangue ficam tão altos que se formam cristais de ácido úrico, que se depositam nas articulações e em outros tecidos, causando inflamação do revestimento da articulação (sinóvia).

Recomendações nutricionais:

A terapia nutricional consiste no consumo de alimentos pobres em purina, proteína de origem animal e frutos do mar; aumento no consumo de frutas, hortaliças, leite e derivados; adequada hidratação, e restrição de bebidas alcoólicas.

A presença de hiperuricemia deve permitir a oportunidade de modificar ou corrigir suas causas, por meio de uma intervenção nutricional individualizada, e deve servir como incentivo para a implementação de estratégias modificadoras de estilo de vida, incluindo a prevenção da obesidade, intolerância à glicose, hipercolesterolemia e hipertensão arterial; fatores que normalmente estão associados.

Mantenha seu peso e percentual de gordura dentro dos valores considerados normais para a sua altura, sexo e idade.

Coma em horários regulares. Fracione sua alimentação em seis ou mais refeições por dia, evitando refeições de grande volume.

Beba cerca de três litros de líquidos por dia: água, chás (exceto chá preto) e sucos feitos com as frutas permitidas.

Evite:

Alimentos e preparações gordurosas ultraprocessadas creme de leite, leite de coco, maionese, margarina, frituras em geral, massas folhadas, conservas em óleo, preparações sauté, biscoitos recheados, massas com molhos e recheios cremosos.

Carnes e derivados gordurosos: torresmo/ toucinho, pele de aves, peixes gordos (sardinha, arenque, salmão, atum), carne bovina gorda (cupim, filé mignon, contrafilé, lagarto), carne de porco, rabada, caldo de mocotó, salsicha, lingüiça, bacon, presunto, mortadela, salames, feijoada, estrogonofe, empanados e molhos de carnes.

Sal, alimentos enlatados e outros alimentos industrializados ricos em sódio, como sopas, temperos e caldos concentrados de galinha, carne, bacon ou verduras. Bebidas alcoólicas, principalmente cerveja.

Alimentos ricos em purinas (que aumentam os níveis de ácido úrico): vísceras (fígado, pâncreas, rim, coração, moela, miolos, língua, rim), carnes vermelhas (bovino, vitela, cabrito, carneiro), molhos e caldos de carne ou galinha, sardinha, atum, embutidos (presunto, mortadela, salsicha, salame), sopas industrializadas, fermentos biológicos, levedo de cerveja e leguminosas (feijão, ervilha, vagem, lentilha, soja e derivados).

Alimentos ricos em ácido oxálico (prejudicam a excreção de ácido úrico): chocolate, chá-preto, abacaxi, caju, tomate, folhas verde-escuras (rúcula, couve, agrião, almeirão, brócolis, mostarda, espinafre).

Adoçantes à base de frutose.

Prefira:

Carnes brancas (peito de aves e peixes).

Alimentos ricos em ácido fólico: abacate, abóbora, alface, aveia, centeio, iogurte,banana, melão, mamão, ovos, couve-flor, repolho, laranja, quiabo, nozes, manga, beterraba, pão integral e caqui.

Alimentos ricos em vitamina C: laranja, limão, mexerica, acerola, morango, goiaba, maracujá, manga, abóbora, pimentões, kiwi, tangerina e couve-flor.

Alimentos ricos em vitamina A e E: castanhas em geral, óleos vegetais (girassol, milho, canola, amêndoa, azeite), cereais integrais (gérmen de trigo, aveia em grãos, arroz integral), gema de ovo, frutas e hortaliças amarelas e alaranjadas (manga, damasco, batata-salsa, cenoura, abóbora, mamão, melão, pêssego, pimentão, milho) e vermelhas (melancia, framboesa, morango, goiaba).

Alimentos anti-inflamatórios: peixes e óleo de peixes de água salgada e profundas (sardinha, atum, salmão), semente e óleo de linhaça.

Lembre-se: uma alimentação saudável não tem que ser monótona! Os alimentos podem ser ingeridos ao natural, sob a forma de sucos e temperos ou em diversos tipos de preparações.

ATENÇÃO: As informações aqui contidas têm caráter informativo e não devem ser utilizadas para realizar auto-tratamento. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico ou nutricionista.


Fontes:

Gota, Arthritis Foundation por Dra. Rejane Leal Araújo, Sociedade Brasileira de Reumatologia

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